quarta-feira, 27 de julho de 2011

Enlouqueci para sobreviver



Eu passei a desenhar miragens tolas e imagens impossíveis para te sentir perto de mim, eu me tornei um ser estranho. Prometi a você que quando a primavera acabasse eu iria lhe proporcionar um jardim florido, prometi que na escuridão seria o seu farol, durante o seu choro iria secar as suas lágrimas, ou se preferir, choraria contigo. Mesmo você sabendo que eu conseguiria cumprir com as minhas promessas, preferiu se afastar. Tentarei acreditar que tu fez uma viagem e logo voltará, me contando os detalhes seguido de um irresistível beijo.
Talvez a sua volta me faça voltar ao normal, mas agora eu enlouqueci para sobreviver.

Com saudades: Jack

sábado, 18 de junho de 2011

Leve e não se esqueça de voltar





Leve, leve uma mala consigo
Leve, leve todas as lembranças
Leve o que for bom e o que for ruim
Leve, leve consigo

Leve os beijos, leve abraços
Leve brigas, leve descasos
Leve o pouco de ódio, leve o amor
Leve, não se esqueça de levar o rancor

Leve tudo, mas não se esqueça de voltar
Após alguns dias nos faça recomeçar
Volte singelamente, apenas volte
De braços abertos venha me abraçar
Porque você não levou
A minha capacidade de mais uma vez te amar

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A do 107 e o do 110

Segunda-feira, 11 de setembro de 2010
Foi seguido do impacto que [...]

- Caraaaalho! Esse seu desespero não vai adiantar, a não ser que o amassado do meu carro se concerte com gritos!
- Foi sem querer poooorra! Mas se você não sabe, ocupou parte da minha vaga!

[...] O porteiro se aproxima para saber o motivo de tantos gritos e se surpreende ao ver o pacífico morador do 107 aos berros com a gentil senhorita do 110.
- Seu Antônio! Venha ver o que essa avoada fez com meu mais novo Camaro.
- Avoada é a mãe dos seus filhos! - bufa.
- Deixe de ser infantis - diz o porteiro tentando amenizar a situação ao entrar no meio dos dois impedindo um próximo "11 de setembro"- vocês moram a tanto tempo nesse prédio e não conseguem resolver uma batida de carro civilizadamente. Vou chamar o reboque.
- Agora eu terei que esperar um ônibus neste horrível trânsito de São Paulo por sua causa!
- Mas o meu carro não vai precisar de reboque.
- E?
- Pode não parecer, mas eu sei dirigir. Quer uma carona?
- Eu corro o risco de não chegar vivo no trabalho.
- Então tchau. - disse a mulher dando de ombros.
- Não! Espere!
- Esperar?
- Sim, vou pegar a minha pasta no meu antigo carro.
Após cinco minutos parados no sinal vermelho...
- E com relação ao avoada, eu não me importaria se a mãe dos meus filhos fosse uma avoada como você.


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