segunda-feira, 28 de março de 2011

Daquele jeito foi bom

Adoraria conseguir ter recusado aquela ligação quando estava parada na linha amarela esperando pelo metrô. Adoraria ter conseguido voar quando o mundo caiu sobre mim. Adoraria ter conseguido orar quando ouvi aquele adeus, mas os soluços não permitiram. Adoraria ter cantado quando estive feliz, mas escolhi gritar apenas. Adoraria ter odiado aquele alguém, quando tudo que consegui foi amá-lo mais. Adoraria ter desistido, mas lutar foi mais interessante. Acho que eu adoraria tudo o que NÃO fiz, mas amei tudo o que fiz, e isso é suficiente.

Sedutora intensidade

Eu nunca avistei nenhuma placa nas ruas me dizendo que eu não posso amar, que eu não posso criticar, que eu não posso elogiar, que eu não posso viver, que eu não posso morrer, que eu não posso sonhar, que eu não posso me iludir, nunca avistei placas que ao menos dêem a entender isso. Passo a compreender então, que nada disso é proibido, porque depois quem vai sofrer com as consequências sou eu, ou talvez não, não costumo afirmar as coisas com exatidão (sou um tanto complicada). Mas, pense comigo; Nada é proibido até alguém tomar a iniciativa e ser ousado o suficiente a ponto de quebrar uma regra, de superar os limites que são determinados por alguém, ou algo. Isso de que toda liberdade tem um limite não é verdadeiro em meus conceitos. Se é LIBERDADE, que seja com INTENSIDADE!





domingo, 27 de março de 2011

Um espetáculo provavelmente bom






Nunca gostei de me iludir, aliás, nunca fui de me iludir mas ultimamente está sendo bem agradável sonhar com os lábios dele encostando nos meus, sonhar com aquelas doces palavras que sempre me convencem de que eu posso ser feliz. Ilusão nunca demonstrou charme, mas o improvável sim, (apesar de ser impetuoso) ele me chama bastante atenção e o charme é bastante agradável, tenha certeza.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Educação sentimental


Acho que o colégio não me ensinou como educar os meus sentimentos, inútil colégio!
Tudo começa com uma lágrima sendo derramada nesse papel e borrando a palavra felicidade que não mais existe. Eu namorava com ele já a algum tempo e descobri que ele havia me traído, não dava para perdoá-lo de forma alguma, a traição foi horrível! Mas aconteceu exatamente ao contrário, eu o perdoei após as suas singelas e convincentes palavras. Eu sabia que se ele não continuasse em minha vida eu não sorriria mais, mas ele continuando, aquele brilho resplandeceria sempre em minha face. Após algum tempo descobri uma nova traição, agora realmente não dava mais! Tanto amor dedicado a uma pessoa que não se satisfazia com aquilo que eu o proporcionava, me cansei literalmente, terminamos definitivamente. E a parte do sorriso? Ah! Como eu disse, não sabia mais o que era sorrir, não tinha motivos para sorrir e não conseguia controlar o intenso e incontrolável amor que sentia por ele.
Passei a ir no colégio dele todos os dias após as aulas, queria vê-lo ao menos, quem sabe assim aliviaria tamanha solidão? Olhar para aquele sorriso metálico, aquela face meiga e aqueles lindos lábios que não me pertenciam mais era ruim e bom demais ao mesmo tempo, ruim porque sentia saudades e tinha certeza que nada daquilo me pertencia mais, pertencia a outra, aliás, as outras, e bom porque eu me sentia menos sozinha, lembrava dos bons momentos que juntos vivemos. Pra ele isso não fazia a mínima diferença, na verdade, EU não fazia a mínima diferença pra ele. As minhas noites eu passava pensando nele, os meus dias, todo o tempo que Deus estava me dando para tentar viver eu passava pensando nele. Será o que ele pensa? Será que ele acha que eu fui feita de ferro? Será que ele acha que eu não tenho sentimentos? Ou que eu tenho e eles não tem valor algum? É difícil saber o que um verme pensa, então não vou esforçar a minha mente, apesar de machucar o meu coração todos dias, coisa que é bem pior.
Passaram-se sete meses e eu na mesma solidão, é incrível como eu não conseguia esquecer e conseguia amar um cara que namorou comigo e com outra ao mesmo tempo. Sim, ele não merece mulher nenhuma, ou mulher nenhuma merece ele, tanto faz! Foi mais ou menos a partir desse momento, dessas minhas palavras que percebi que eu não sou capaz de educar os meus sentimentos, mas sou capaz de amar alguém melhor. Basta apenas um pouquinho de esforço e tudo vai se sair bem, eu tenho uma vida e passei boa parte do tempo esquecida disso, já que agora eu me lembrei, acho que devo valorizá-la e "doá-la" pra quem merece de verdade.
Passado alguns meses após essa minha decisão, eu comecei a namorar com um rapaz, que pelo visto me amava, me valorizava, me elogiava, não me traía, me adulava até. Resolvi então, passar pelo colégio do verme de mãos dadas com o meu atual namorado, eu estava crescendo na vida e ele estava D-I-M-I-N-U-I-N-D-O! Não via mais aquelas inúmeras garotas em volta dele, nem mesmo os meninos queriam conversar com ele. Quando ele me viu passando de mãos dadas com o meu atual, eu notei uma reação de quem não conseguia acreditar no que vira, mas a minha educação foi bem maior que a dele, Fiz questão de apresentá-lo ao verme.
Quando foi a noite, o meu celular tocou, não reconheci o número, mas atendi:
- Alô.
- Querida, eu sei que você ainda me ama, quero te pedir perdão, não fique com ele, volte pra mim!
Eu reconheci a voz. Ele: O VERME!
- Parece que quem me ama aqui é você, ainda tem o meu número salvo, isso significa algo. Mas dessa vez você errou, eu não te amo mais e as suas palavras doces não me convencem de forma alguma! Se era só isso, eu tenho que desligar o telefone, estou super ocupada! Ok?
- Não, não faça isso! Eu te amo!

CHAMADA ENCERRADA E UMA LONGA VIDA PARA VIVER ...

p.s. Se você me encontrar em qualquer lugar irá me encontrar sorrindo, garanto-lhe.

sábado, 12 de março de 2011

De relance aconteceu


Comecei a escrever como quem não quer nada, aliás, eu quis escrever mas não sabia o que escrever, então obviamente, eu queria algo. Pensei em inúmeros fatos, mas estava eu ali, as 02:16 min. da manhã com uma insuportável insônia e a idéia de que as palavras em um simples papel aliviariam tamanha agonia, de fato, aliviou. Porque palavras não me limitam, me libertam. Porque palavras são quase sempre o meu refúgio. Porque palavras são palavras! E de relance, como quem não quer nada novamente, veio a imagem do lugar em que conheci aquele adorável rapaz no dia anterior.
Estava eu, com vários livros na mão e derrepente tropeço num rapaz moreno claro, olhos pretos. Me chamou atenção. (rs) Mas como não? Tamanha beleza e gentileza ao se abaixar para pegar os livros que eu deixara cair ao tropeçar nele com a minha ridícula falta de atenção. Ele então comentou:
- Morangos Mofados do famoso Caio, é um bom livro. Está lendo?
Eu parei por questão de segundos e admirei aquela voz grossa e a sutil pergunta. Em seguida , respondi:
- Passei na biblioteca e peguei pra poder ler, me disseram mesmo que ele é um bom livro. Ah! Desculpe-me pela falta de atenção. Não te machuquei, né ?
- Não, não me machucou. Tenha um bom dia, espero que nos encontremos mais vezes, desde que não seja com o surpreendente tropeço seu, rs.
Não sabia nem o que responder, fiquei realmente encantada com a beleza, gentileza, com a voz, educação e coisas mais que para um primeiro "encontro" não seria notável em qualquer pessoa.
- Obrigada! É, espero que nos encontremos sim de uma maneira mais gentil da próxima vez, espero então, a próxima vez. Tenha um bom dia também.
- Obrigado! Ei, pode ser as oito horas na biblioteca?
- Como?!
- Podemos nos ver novamente as oito horas na biblioteca?
- Ah! Claro, amanhã mesmo?
- Sim, amanhã. Marcado, tchau.
- Até amanhã.
Encantada, lisonjeada, surpreendia. Me imaginei num lugar tão admirado como a biblioteca, conversando sobre tudo com um rapaz que conhecera de tal maneira...
Estou aqui, pensando incansavelmente em possíveis assuntos que iremos conversar amanhã as oito, serão eles interessantes? Tomara.
E agora, as palavras me presenteiam com o sono e a louca e intensa vontade que as oito chegue o mais rápido, horas poderia se tornar minutos, quão legal seria em uma circunstância como essa.


segunda-feira, 7 de março de 2011

minha dose de você fica para depois

Já não tinha mais forças para escrever o que estava sentindo, não tinha mais ânimo para conversar com os amigos, não tinha mais disposição para lutar por aquilo que queria. Mas numa noite de sexta-feira percebi que a minha vida tinha mesmo que continuar, com ou sem as pessoas que eu amo ates que tudo virasse uma tragédia.
Foi exatamente naquele dia que eu percebi que a falta dele não era constante, tudo bem que só ele parecia ter um "manual de instruções" para me controlar, para me acalmar, para decifrar cada palavra que eu não sabia expressar, mas eu havia sobrevivido após um adeus, continuei respirando e então, eu estava ali juntando novamente aquilo que eu chamo de forças.
As vezes me pego agradecendo a ele em pensamentos por ter me ensinado a viver, não confio mais nessa coisa chamada ser humano, não aceito hipocrisia e raramente aceito qualquer "eu te amo" ! Não o sinto mais como uma necessidade, tanto faz tomar aquela velha dose dele todos os dias, ou não tomar dia nenhum. Hoje, eu sinto um alívio, não fico presa a um sentimento, tam'pouco a uma pessoa e é por isso que me sinto bem melhor. Bem melhor não é suficiente, me sinto realizada de todas as maneiras.

Obrigada, atual inútil!