quinta-feira, 9 de junho de 2011

Saindo da mesmice

Hoje eu não consigo desenvolver rima alguma, as letras saem trêmulas e a minha cabeça está num péssimo estado, as palavras não se encaixam, o sentido... aliás, não há sentido. Ao meu lado direito o velho e bom charuto, ao meu lado esquerdo o delicioso Campari no copo de sempre e agora a minha filha batendo a porta.
- Espere um pouco, filha!
Abro a porta calmamente e me surpreendo com alguém que não era a minha filha.
- Estava esperando a sua filha, Sr. Alberto?
- Eu nunca espero alguém a não ser ela.
- Então a minha presença foi uma surpresa, certo?
- Certo! Mas o que você quer, Anderson?
- Nada mais que acompanhá-lo. Tem um copo e um charuto para mim?
- Sempre tem! Mas por que não avisou que viria?
- Quando algo é realmente verdadeiro, não precisa de ser avisado com antecedência, uma surpresa as vezes é mais agradável e eu sei que a solidão não é uma boa companhia sempre. Pois então, o meu copo?




4 comentários:

  1. Uma das melhores coisas que já vi por aqui.
    Adoro diálogos! :)

    ResponderExcluir
  2. Fico grata. Eu também gosto, mas não tenho prática na escrita dos mesmos.

    ResponderExcluir
  3. Surpresas sempre nos levam à viver emoções diferentes.

    www.sabrinanunees.blogspot.com

    ResponderExcluir
  4. sejam emoções boas ou ruins, são emoções e por isso são sempre bem aceitas.

    ResponderExcluir