sábado, 26 de fevereiro de 2011

Só enquanto eu respirar

"Era para ser eterno, mas você parece não ter levado isso tão a sério, eu cumpro com a minha palavra, eu sempre te amarei. Mas se possível não retribua, sofrer mais uma vez seria dor demais para uma única pessoa, então, quando ler essa carta querido, faça a minha vontade, é um pedido de alguém que morreria por ti se necessário.

Ainda me lembro daquele dia que começamos a conversar sem motivos, sem nem saber ao menos porque conversávamos, foi naquele mesmo dia que um "eu te amo" surgiu, poderia até não ser real, mas com o tempo a palavra "real" era pouco demais pra intensidade do amor que sentíamos um pelo outro, era lindo, anormal talvez. Os meus dias tinham mais cores, mais luz, mais tudo só em saber que você existia. Depois de um tempo fui notando o quão grande era a sua presença em meu coração, as palavras não mais diziam o que eu verdadeiramente sentia, o mundo se tornou perfeito, tudo de ruim se escondia atrás daquilo que eu sentia por você. Não me canso de dizer que era realmente perfeito.

Mas você acabou escolhendo se afastar de mim, então isso significa que eu não era tão essencial como dizia, eu não era tão amada, ou esse era um modo de procurar evitar sofrimentos com o decorrer do tempo? Não sei bem o que se passa na sua cabeça, complicado e perfeito. Desculpe ter que lhe dizer isso, mas a distância seria a melhor solução. Mas distância? Vivemos um tão longe do outro, como posso dizer isso? O fato é que eu sentia você tão pertinho de mim, a todo instante, me mostrando o lado bom da vida. Como eu disse antes, a distância é a melhor solução, me desculpe.

É como eu sempre digo, nunca fui muito boa em tomar decisões, é por isso que eu faço questão de pedir a sua opinião; Me esquecer, te esquecer, ou não? Me mande a resposta pelo correio, envie uma carta para mim, conhece bem o endereço: Rua da amargura, bairro: sempre apaixonado, número 52."




Só enquanto eu respirar.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

in-esperado

Nunca fui de me apaixonar tão facilmente, costumo evitar certas desilusões para não sofrer as consequências, mas naquele dia as minhas colegas da faculdade encheram de coisa a minha cabeça que eu acabei aceitando o convite do Robert para ir ao cinema. Não vou negar, ele era lindo, sempre me chamou a atenção, não parecia ser diretor de faculdade alguma, tinha o jeito de um rapaz comum.

Bom, como de costume; usei aquele meu vestido soltinho, o batom vermelho vibrante, um salto e maquiagem... Passamos horas conversando, mas ele nunca chegava ao que eu queria. Sentia um medo ENORME, ele gostava de pegar várias, ia pras festas sem a mínima decência, me perguntei então por que eu estava saindo com aquele cara, diretor do colégio, pegador - nossa! O que estava realmente acontecendo comigo? Um encanto talvez? A influência das minhas colegas? Não sei, não sei mesmo. No decorrer das nossas conversas, notei que ele olhava pra mim diferente, como se estivesse com vontade de me beijar, mas ele tinha consciência de que eu não sou como as outras, eu acho. Queria muito que ele soubesse isso, mas deveria ser apenas uma maneira de conquistar vagarosamente uma menina indefesa.

Já passava das 23:00, eu queria ir embora, fomos então. Ele me deixou em minha casa e nada de beijos (isso pode ser bom)! No outro dia pela manhã, era uma segunda-feira, fui pra faculdade e ao término da aula a professora disse que o diretor Robert havia pedido para que eu passasse na sala dele com urgência. Fui, evidente. Pedi licença ao abrir a porta e segui com a pergunta mais esperada - "Por que me chamou, diretor Robert ?" Ele sem medir palavras disse que ali não era o melhor lugar pra eu saber o que ele tinha pra me dizer, mas tinha que dizer - "Eu me apaixonei por você, não estou dizendo isso por dizer, você não é como as outras, eu te amo Alice. Agora, faz um favor? Me entregue o seu coração e dele eu cuidarei como cuido da minha própria vida."

Esperei por isso a tanto tempo, a reação foi nada mais, nada menos que um lindo "SIM" seguido de um beijo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Eu considero como um adeus.

Talvez, boa parte do sentindo que tinha a minha vida tenha acabado, mas o fato é que com ou sem sentido há uma explicação, se você não faz mais parte dela, eu não tenho motivos para sorrir, é quando eu me perco em lágrimas constantes e noto a sua total ausência, ela me fere e nem o tempo cicatrizará minhas feridas deixadas por você. Por que sumir assim tão derrepente? Por que esquecer que eu faço parte da sua vida? Isso te prejudica? Por que não avisou antes? A dor seria bem menor. E como diz a escritora; Déia Santos - "Me faço bagaço"

Aplausos na chegada, por favor.




Eu entro em cena e ninguém sabe ao certo a surpresa que lhes apresentarei ao final. Devo chegar majestosa, agradecendo a todos pela presença, me sentindo maravilhada em saber que as pessoas fazem parte daquela peça, ou melhor, fazem parte da minha peça e então, faço questão de pedir os aplausos durante a minha chegada, porque no final no garanto agradar-lhes, garanto sim dizer a verdade e por ela ser doída muitos não se conformam e preferem ficar sentados em suas cadeiras na plateia, a levantar-se para subir ao palco e me darem os parabéns.
Apesar de tudo, eu só tenho a agradecer por estarem do meu lado ou não. Simplesmente, suplico por nem todos terem gostado da peça que costumo chamar de "minha vida".