sábado, 12 de março de 2011

De relance aconteceu


Comecei a escrever como quem não quer nada, aliás, eu quis escrever mas não sabia o que escrever, então obviamente, eu queria algo. Pensei em inúmeros fatos, mas estava eu ali, as 02:16 min. da manhã com uma insuportável insônia e a idéia de que as palavras em um simples papel aliviariam tamanha agonia, de fato, aliviou. Porque palavras não me limitam, me libertam. Porque palavras são quase sempre o meu refúgio. Porque palavras são palavras! E de relance, como quem não quer nada novamente, veio a imagem do lugar em que conheci aquele adorável rapaz no dia anterior.
Estava eu, com vários livros na mão e derrepente tropeço num rapaz moreno claro, olhos pretos. Me chamou atenção. (rs) Mas como não? Tamanha beleza e gentileza ao se abaixar para pegar os livros que eu deixara cair ao tropeçar nele com a minha ridícula falta de atenção. Ele então comentou:
- Morangos Mofados do famoso Caio, é um bom livro. Está lendo?
Eu parei por questão de segundos e admirei aquela voz grossa e a sutil pergunta. Em seguida , respondi:
- Passei na biblioteca e peguei pra poder ler, me disseram mesmo que ele é um bom livro. Ah! Desculpe-me pela falta de atenção. Não te machuquei, né ?
- Não, não me machucou. Tenha um bom dia, espero que nos encontremos mais vezes, desde que não seja com o surpreendente tropeço seu, rs.
Não sabia nem o que responder, fiquei realmente encantada com a beleza, gentileza, com a voz, educação e coisas mais que para um primeiro "encontro" não seria notável em qualquer pessoa.
- Obrigada! É, espero que nos encontremos sim de uma maneira mais gentil da próxima vez, espero então, a próxima vez. Tenha um bom dia também.
- Obrigado! Ei, pode ser as oito horas na biblioteca?
- Como?!
- Podemos nos ver novamente as oito horas na biblioteca?
- Ah! Claro, amanhã mesmo?
- Sim, amanhã. Marcado, tchau.
- Até amanhã.
Encantada, lisonjeada, surpreendia. Me imaginei num lugar tão admirado como a biblioteca, conversando sobre tudo com um rapaz que conhecera de tal maneira...
Estou aqui, pensando incansavelmente em possíveis assuntos que iremos conversar amanhã as oito, serão eles interessantes? Tomara.
E agora, as palavras me presenteiam com o sono e a louca e intensa vontade que as oito chegue o mais rápido, horas poderia se tornar minutos, quão legal seria em uma circunstância como essa.


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